Na quarta-feira, 20, vamos voltar à Câmara, às 9 horas, e mostrar que estamos unidos e continuamos fortes!
Sob protestos dos servidores da saúde, a sessão da Câmara Municipal de hoje ( 19/02) foi encerrada devido falta de quórum para apreciar vetos. Estavam na pauta de votações onze vetos do Prefeito, mas a manobra para encerrar a sessão tinha um alvo principal. O presidente da Casa, vereador Clécio Alves, trabalhou para evitar a votação do Projeto de Lei 145, que prevê isonomia de carga horária (20 horas) entre especialistas da saúde. Os vereadores fugiram da discussão. No plenário, a galeria estava repleta de representantes das 14 categorias a serem contempladas, entre elas os farmacêuticos, enfermeiros e fisioterapeutas, que reivindicam mesma jornada dos médicos, dentistas e veterinários do município.
Clécio Alves já tinha tentado suspender a sessão antes, mas vereadores da oposição permaneceram em plenário e ele foi obrigado a reabrir. Vereadores da base sumiram do plenário para não votar o veto. A pressão da galeria foi grande e vereadores do partido do Prefeito como Tayrone (PT) e Djalma Araújo (PT) já declararam que votam com os servidores da saúde, assim como Virmondes Cruvinel, Dra. Cristina(PSDB) Geovani Antônio, Anselmo Pereira, Elias Vaz entre outros.
O Presidente da Câmara justificou sua postura alegando que reduzir a carga dos servidores é inconstitucional e que a Prefeitura de Goiânia não tem “saúde financeira” para atender essa reivindicação dos servidores de reduzir a carga horária de 14 categorias, pois teria que contratar o dobro de servidores para atender a demanda. Em entrevista à imprensa, Clécio disse que, em respeito aos servidores, a Prefeitura deveria propor aumentar a carga horária para 40 horas e aumentar os vencimentos como alternativa.
O vice-presidente do Sindisaúde-GO, Fábio Basílio, explicou que as categorias defendem a carreira única no SUS e dedicação exclusiva, com um vínculo apenas, desde que seja bem remunerado. Segundo ele já foram apresentadas propostas de acordo ao Prefeito, mas ele sempre responde que o orçamento está no teto. “O problema é que não dá pra continuar trabalhando e ser prejudicado. Porque quem mantém os cais funcionando são enfermeiros, farmacêuticos e demais especialistas em saúde, mas sempre os outros é que são beneficiados.”
A sessão, que também marcou a abertura da 17ª Legislatura na Câmara Municipal de Goiânia após o período de recesso regimental, também foi alvo de algumas outras movimentações. A vereadora Célia Valadão (PMDB) assumiu a liderança do Prefeito e o vereador Elias Vaz (Psol) começou a colher as assinaturas dos colegas para criar CEI para investigar vereadores envolvidos no escândalo da AMMA.