Débora Melecchi: Estamos conscientizando o profissional farmacêutico

Facilitadora do Encontro Estadual dos Farmacêuticos realizado em Goiânia pelo Sinfargo e Fenafar, Débora Melecchi, representante da Escola Nacional dos Farmacêuticos da Fenafar, destaca  neste entrevista o papel da Escola e os desafios dos profissionais farmacêuticos.

Quais foram as principais propostas deste encontro?

Nosso objetivo foi fazer uma devolutiva das 15 oficinas que avaliaram os 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. (As oficinas foram realizadas em 2014), linkando a sistematização destas oficinas a alguns eixos da 15ª Conferência Nacional de Saúde e do 8º Congresso da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). Então é uma contribuição nos eixos propostos para a Conferência Nacional de Saúde, onde estamos discutindo questões como o acesso, o financiamento, recursos humanos, ciência e tecnologia e gestão… Todos no âmbito da assistência farmacêutica, mas com link na conjuntura atual do país.

Quais são hoje os principais desafios da categoria farmacêutica?

São vários. Temos um Congresso Nacional muito reacionário, conservador, e que nitidamente está interessado em desmontar o sistema único de saúde e retirar direitos trabalhistas. Estamos na afronta da entrada do capital estrangeiro na saúde, na aprovação do orçamento impositivo – que faz um corte orçamentário relevante -, se contrapondo a um movimento que, desde 2012, reuniu mais de 2 milhões de assinaturas na defesa dos 10% das receitas da União para a saúde. A Fenafar e a Escola Nacional dos Farmacêuticos trazem à luz esses debates tanto no processo de conscientização dos profissionais farmacêuticos quanto na elaboração de ações para nos contrapormos a esse cenário.

 Qual o papel da Escola?

A Escola cumpre o papel de capacitação técnica dos farmacêuticos, mas também se preocupa em elevar o debate com foco na conscientização política e na construção coletiva e isso não fica centrado nos farmacêuticos, mas principalmente no controle social. Então os grandes debates da área de saúde nós fazemos neste coletivo. Em 2013, fizemos em Goiânia, um debate sobre ciência e tecnologia. Isso significa que a Escola não se preocupa apenas com questões inerentes à categoria, mas no que a categoria pode contribuir para a melhoria da sociedade.

 

 

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