Greve na saúde continua – veja novas orientações

Os trabalhadores municipais da Saúde decidiram na manhã desta terça, 1º/7, em Assembleia Geral Extraordinária, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, continuar em greve devido à proposta insuficiente da Secretaria Municipal de Saúde (referente a somente um ponto da pauta de reivindicação: a insalubridade). A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves Barbosa, destacou que o Secretário Municipal de Saúde, além de não cumprir o acordado na Mesa de Negociação Permanente também não oficializou as propostas apresentadas em reunião no fim de semana. O documento enviado ao Sindsaúde pela SMS referia-se somente à insalubridade.

O movimento grevista vai  continuar respeitando o que foi estabelecido na decisão judicial, que determina 80% dos trabalhadores atuando.  Serão garantidos todos os atendimentos de urgência e emergência. A assembleia foi convocada pelo Sindsaúde, Sinfargo, Sieg, Sineg e Soego. “Nós vestimos a camisa do SUS e do trabalhador e a agora vamos reorganizar a nossa luta e mostrar para a sociedade a precariedade das unidades de saúde, disse a presidente do Sinfargo Lorena Baía”.

mesa da greve

Deliberações

-Nesta quarta-feira, dia 2, os trabalhadores irão acompanhar a plenária do Conselho Municipal de Saúde (às 8 horas, no Auditório da Funasa – Rua 83 esquina com a Praça Cívica) em que ocorrerá a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde.

-Foi definido que o departamento jurídico das entidades sindicais recorrerá da decisão judicial referente à greve e em relação às pautas de reivindicação.

-No dia 9 de julho, às 8h30, haverá Assembleia com Manifestação, em frente ao Ministério Público. Nesta data serão definidas as próximas mobilizações.

-Também foi agendada para o dia 23 de julho, às 8h30, manifestação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

-Serão usadas mídias alternativas para denunciar a precariedade das unidades de saúde, divulgando fotos, vídeos e outdoors. Os trabalhadores podem encaminhar o material de denúncia para denuncia@sindsaude.com.br

-Foi criado um Fundo de Greve. Como os trabalhadores filiados já contribuem mensalmente com os Sindicatos e as conquistas do movimento grevista não se restringem aos filiados, foi decidido em assembleia que todos os trabalhadores não-filiados irão contribuir com 1% de seu salário base (sem incluir gratificações) para as despesas decorrentes da greve. A decisão foi uma deliberação de assembleia amparada na Lei 7783 de 1989, Artigo 6 e inciso 2.

Veja as novas orientações sobre a greve

-Continua a greve dos trabalhadores municipais da Saúde de Goiânia, respeitando a decisão judicial que determina 80% dos trabalhadores em atuação em cada unidade;

-A organização e manutenção desse percentual será feita pelos trabalhadores de cada unidade, sendo que um trabalhador do local deverá comunicar ao Sindsaúde a escala da greve. Os trabalhadores que tiverem dificuldades para se organizar devem entrar em contato com o Comando de Mobilização (telefones abaixo);

-Os trabalhadores que participarem das manifestações deverão assinar, no local, a folha de frequência do Sindsaúde;

-Os trabalhadores que compõem os 20% que estão de greve deverão assinar a folha de presença paralela e não o ponto da unidade. Já os que fazem parte dos 80% devem assinar normalmente o ponto da unidade;

-Fotos e vídeos que retratem a precariedade das unidades de saúde podem ser encaminhados para o email denuncia@sindsaude.com.br

-Assédio Moral: Qualquer situação abusiva por parte dos gestores deverá ser denunciada aos sindicatos representantes dos trabalhadores: SINDSAÚDE, SINFARGO, SIEG, SOEGO e SINEG a fim de que o livre exercício do direito à greve possa ser garantido;

-Contatos para denúncia e informações: Flaviana Alves – (62) 9107-1970/ Maria de Fátima Veloso (Sindsaúde) – (62) 9247-8233 / Fábio Basílio (Sindsaúde) – (62) 9267-7003 /Lorena Baía (Sinfar) – (62) 8484-8775/ Luzinéia “Néia” Vieira (Sieg) – (62) 8114-0400 Ricardo Manzi (Sindiffisc) – (62) 8102-1007 / E-mail: denuncia@sindsaude.com.br

Pauta de reivindicações é reafirmada

Cumprimento da data-base de 2014;

Inclusão de categorias não contempladas e aplicação do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV);

Criação de gratificação que substitua o percentual perdido com a retirada da Insalubridade dos Trabalhadores do Nível Central;

Alteração da Lei 8.916/2010 (auxílio-movimentação);

Inclusão da   Gratificações aos Servidores Administrativos da Saúde conforme lotação;

Condições Adequadas de Trabalho;

Contra a terceirização das unidades de Saúde e revogação do artigo 99 A e 98 B da lei que trata da incorporação de gratificação para função de confiança e cargo de chefia.

 

(Sinfargo com informações do Sindsaúde)

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