Projeto Educanvisa 2013 começou, no sábado, 13/04, quando foram apresentadas para professores e profissionais de saúde, orientações sobre a utilização de medicamentos, cuidados com o consumo exagerado de alimentos e de drogas lícitas como cigarros e bebidas na adolescência.
A intenção é de que a mensagem chegue a crianças, adolescentes e famílias das redes municipal e estadual de ensino, colaborando para conscientizar a população em geral quanto aos riscos associados ao consumo inadequado, influenciado pela propaganda de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária.
A diretora do Sinfar-GO, Farmacêutica Mirtes Bezerra, que é fiscal da Vigilância Sanitária Municipal, responsável pela introdução do Projeto na Capital, conta que a Prefeitura de Goiânia lançou a versão goianiense do Educanvisa em 2009, portanto, o projeto já está no quarto ano, expandindo sua atuação para a capacitação de professores da região Metropolitana.
Proposto pela a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),é efetivado em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação de Goiânia, Faculdade de Farmácia da UFG e agora com a Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado. Participam do curso em 2013, profissionais que integram as equipes de Educação em Saúde de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Bela Vista, Senador Canedo, Aragoiânia, Hidrolândia e São Luiz dos Montes Belos.
Depois de capacitados, os professores irão atuar na sala de aula na informação e sensibilização dos alunos sobre o uso racional de medicamentos, alimentação saudável, promoção em saúde, vigilância sanitária, agrotóxicos e prevenção ao uso de drogas lícitas, como o álcool e o cigarro.
“O Educanvisa capacita o professor para uma visão geral em vigilância sanitária”, enfatiza Geraldo Rosa, diretor do Departamento de Vigilância Sanitária da SMS, a respeito do conteúdo abordado no projeto.
Riscos
O projeto contribui com a criação de uma nova geração de consumidores, mais atenta e com um olhar crítico sobre a publicidade apelativa e os riscos sanitários.
Um dos aspectos abordados pelo Educanvisa, de acordo com a Dra. Mirtes Bezerra, é o da educação alimentar, uma vez que as crianças estão ficando cada vez mais obesas, diabéticas e hipertensas pelo consumo exagerado de sal, de açúcar e de carboidratos em alimentos industrializados, fast-foods, refrigerantes e salgadinhos, sem a opção de lanches saudáveis compostos de frutas, sucos e menos sal. Respondem a um apelo do mercado de consumo da propaganda exagerada e atraente. Mas a ação da Vigilância Sanitária já obrigou as grandes redes, por exemplo, a oferecerem opções de lanches mais saudáveis.
Outra abordagem importante é com relação ao uso de medicamentos. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológica (Sintox), as mais frequentes intoxicações em crianças são causadas por medicamentos. Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças. Algumas mudanças já estão ocorrendo na indústria para deixar os medicamentos menos atraentes, mas a diretora do Sinfar-GO alerta que mudanças têm de ocorrer também na família, é preciso procurar saber dos riscos que remédios representam, não estimular a curiosidade, e principalmente ensinar as crianças que remédio não é bala, doce ou refresco pois, quando sozinhas, elas podem ingerir o medicamento.
Uma Pesquisa realizada pelo Farmacêutico Edson Arantes revelou que 70% das Crianças da Comunidade Escolar já teve primeiro contato com bebida alcoólica aos 9 anos. Esse levantamento foi feito para a tese de doutoramento do farmacêutico, em que ele também constatou a existência de uma média de 4 pontos de venda de bebidas a menos de 50 metros das escolas, quando o Código de Posturas exige pelo menos 200 metros de distância em Goiânia. Segundo Mirtes Bezzera, Edson hoje viaja por todo o País participando de palestras do Educansvisa sobre o consumo de drogas lícitas.
Assessoria de Imprensa do Sinfar-GO (Teresa Costa) – Com Informações da SMS
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