O Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfargo) participou da audiência pública, nessa terça-feira (8), na Comissão de Seguridade Social e Família, onde foi discutido uma possível falta de medicamento usado no tratamento de pacientes com HIV/Aids. O presidente do Sindicato, Fábio Basílio e a diretora Cristina Ramirez participaram da discussão.
Segundo a deputada Jandira Feghali, responsável por convocar a reunião, a audiência teve o objetivo de discutir uma ação judicial entre a empresa estrangeira, proprietária da patente do medicamento DTG, e o Governo Federal.
A parlamentar explicou que o país está impossibilitado pela empresa de comprar o genérico do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe).
De acordo com o presidente do Sinfargo, a principal luta para combater o desabastecimento desses medicamentos é o fim das patentes. “A vida tem que estar em primeiro lugar, acima dos lucros dessas multinacionais”, explica Basílio.
Outro argumento apresentado pelo sindicalista é a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos públicos. “Verbas destinadas à saúde estão sendo cortadas e os valores destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) não são suficientes. É preciso revogar essa emenda”, alerta o presidente.
Ao final da sessão, Fábio apresentou uma carta elaborada durante o 10º Congresso da Federação Nacional dos Farmacêuticos, em Salvador. O documento apresenta várias diretrizes da categoria como forma de orientar o próximo governo.